O que a festa nos ensina? A festa
é como uma batalha, uma fábula – todos os corpos des-ordenados para um fim, em
riste, moventes, flutuantes em torno de si – A festa almeja a si mesma. O que a
festa nos ensina? A festa engendra e tem engendrado em seu bojo todo o aspecto
pluridimensional que pode ser diluído – ou – definido(?) em conceitos; sejam eles
poéticos, políticos ou terapêuticos. Seu sentido social, sociável, socializante,
trans-atlante... A festa! O que a festa nos ensina? A festa convoca, convoca o
corpo, convoca a um pacto, a integração – a festa é um todo. Não se pode estar
na festa pela metade, a festa exige o inteiro – o que a festa pode nos ensinar?
O que podemos aprender com a festa? A festa, o povo da rua a rua do povo – o
que manifesta o corpo que festeja? Que existência inaugura? Algures, a festa é
a alvorada do corpo que se faz corpo no ponto de intersecção entre o horizontal
e o vertical, o corpo plana e molda o espaço em valores plásticos – a prática
do corpo revolvida em plástica que torna o cotidiano "extra" e acessa o
impossível. A festa afeta por que o corpo é porto e é mar por onde se navega, é
nau e navegante é flecha e alvo. Não se mensura as desmedidas e latências
destes acontecimentos, pois, enquanto “acontessência” o que “é” é por que “é”. Tal
consequência nos coloca não mais no plano de quem contempla a paisagem, mas de
quem já não se distingui de sua condição.
Anderson Gomes
ArteiroOficineiroArteducador
no CAPS AD - VL. ARAPUÁ
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